Sexta, 13 de Dezembro de 2024
65 99680-8810
28°

Tempo nublado

Lucas do Rio Verde, MT

Dólar com.

R$ 6,03

Euro

R$ 6,33

Peso Arg.

R$ 0,01

Policia POLÍCIA

Juiz recebe denúncia e torna ré empresária que aplicou R$ 2,5 milhões em golpes em MT

Taiza Tossat Eleoterio vai responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, estelionato, crime contra a economia popular (pirâmide financeira) e associação criminosa.

26/11/2024 19h36 Atualizada há 2 semanas
Por: redação Fonte: KARINE ARRUDA DO REPÓRTER MT
Montagem/RepórterMT
Montagem/RepórterMT

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, recebeu a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e tornou ré a empresária Taiza Tossat Eleoterio, acusada de aplicar golpes de mais de R$ 2,5 milhões (somados) em clientes. Ela vai responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, estelionato, crime contra a economia popular (pirâmide financeira) e associação criminosa. A decisão foi proferida nessa segunda-feira (25).

"A despeito de se tratar de prova indiciária e unilateral, anoto que as provas mencionadas na denúncia são elementos suficientes para o desencadeamento da ação penal, tendo em mente que nesta fase processual o juízo é de prelibação e o princípio vigente é ‘in dubio pro societate’.”, diz trecho da decisão.

Taiza foi alvo da Operação Cleópatra, deflagrada pela Polícia Civil, que mirou um grupo criminoso acusado de desenvolver um esquema de pirâmide financeira que teria causado prejuízos de R$ 2,5 milhões a dezenas de vítimas em Cuiabá e outras cidades de Mato Grosso. A empresária chegou a ser presa no dia 31 de outubro, quando desembarcava de um voo no Aeroporto Municipal de Sinop, porém foi solta dias depois, devendo cumprir algumas medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica.

Além dela, a operação também teve como alvos o policial federal Ricardo Mancinell Souto Ratola e o médico Diego Rodrigues Flores, que, segundo as investigações, colaboraram com o esquema. Os três terão um prazo de até 10 dias para responder a acusação.

“Citem-se e intimem-se os acusados para apresentarem, por meio de representante com capacidade postulatória, resposta à acusação, no prazo de 10 (dez) dias, conforme determina o artigo 396 de CPP.”, pontuou o magistrado.

Durante as investigações da polícia, foram apreendidos, na residência onde Taiza morava, localizada em um condomínio de luxo de Sinop, diversas folhas de cheque com valor total de R$ 419 mil, veículos de luxo, uma moto BMW, joias e anabolizantes.

A empresária é proprietária da empresa DT investimentos e usava as redes sociais para atrair as vítimas. Em suas publicações, ela se mostrava uma jovem bonita, bem-sucedida, articulada e especialista em investimentos financeiros.

Com isso, as vítimas investiam valores acima de R$100 mil iniciais e recebiam um retorno nos primeiros meses, fato que os incentivavam a fazer novos investimentos. Após algum tempo, os clientes paravam de receber os lucros.

 
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.