O delegado da Polícia Civil, Marlon Conceição Luz, pediu o arquivamento do inquérito policial que investigava o homicídio de João Antônio Pinto, de 87 anos, cometido pelo policial civil Jevanio Vidal Griebel, no dia 23 de fevereiro deste ano.
No documento, o delegado alega que Jevanio agiu em legítima defesa e que seu comportamento no dia do crime foi lícito e permitido pelo ordenamento jurídico.
O homicídio aconteceu quando João Pinto estava em sua propriedade e presenciou algumas pessoas construindo uma cerca em seu terreno e discutiu com o responsável. Após a discussão o idoso seguiu até outro terreno, e enquanto trabalhava em um hangar, três policiais chegaram. A vítima pensou que fossem grileiros e sacou uma arma, neste momento ele foi atingido por um disparo no peito.
Uma equipe médica foi acionada e constatou o óbito no local.
A propriedade do idoso em questão havia sido invadida em fevereiro do ano passado e a família vinha buscando uma decisão judicial para reintegração da posse.
Um dos homens que estava erguendo a cerca, identificado como Elmar Soares Inácio, telefonou para o cunhado, o policial civil Jeovanio Vidal Griebel, e disse que havia sido ameaçado de morte pelo idoso. Diante disso, o policial passou a ser acusado de ter agido a pedido do cunhado.
“Diante da análise de todo exposto, conforme os interrogatórios dos suspeitos, laudos periciais juntados aos autos e diante de todo o contexto fático e elementos produzidos, entendo, salvo melhor juízo, que o policial Civil JEOVANIO VIDAL GRIEBEL atuou amparado pela excludente de ilicitude, prevista no art. 23, inciso II, do Código Penal, uma vez que, em defesa própria e de terceiros utilizou-se moderadamente dos meios necessários, para repelir a injusta e atual agressão”, disse o delegado no documento que pede arquivamento do inquérito.