O investigador Jeovanio Vidal Griebel da Polícia Civil teve licença para tratamento de saúde concedida pela diretora-geral da PJC Daniela Silveira Maidel, nesta quarta-feira (26). A autorização foi publicada no Diário Oficial do Estado. O policial é acusado de matar o idoso João Antônio Pinto, de 87 anos, em fevereiro deste ano.
“BOLETIM DE PESSOAL/PJC/00509/2024 DE: 26/06/2024 O(A) Delegada Geral da Polícia Judiciária Civil no uso de suas atribuições que lhes são conferidas por lei, Resolve: DEFERIR Evento: LICENCA PARA TRATAMENTO DE SAUDE Processo N.: Nome: (143367/7) JEOVANIO VIDAL GRIEBEL Cargo/Função: (9175) INVESTIGADOR DE POLICIA/LC344/407 Un. Adm: (212776) 1 DEL DE POLICIA DE CUIABA A Partir de: 12/06/2024 Até11/07/2024 PUBLICADA, REGISTRADA, CUMPRA-SE. Cuiabá-MT, 26 de Junho de 2024. Daniela Silveira Maidel Delegada Geral da Polícia Judiciária Civil”, traz o portaria.
Desde junho o policial já havia sido afastado de suas funções e estava atuando de forma estritamente administrativa.
Ainda no mesmo mês, Jeovanio e seu cunhado tiveram seus celulares apreendidos e a quebra de sigilo bancário autorizada pela Justiça.
Relembre o caso
De acordo a Polícia Civil, investigadores foram até a propriedade para intimar o idoso em decorrência de vários boletins registrados contra ele. Ao se aproximar da casa, João Antônio teria sacado uma arma de fogo e atirado contra a equipe. Um dos investigadores reagiu, dando início ao confronto.
Na troca de tiros, o idoso acabou baleado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. Entretanto, a família do idoso contesta a versão.
Segundo a advogada da família, Gabriela Zaque, o idoso chegou em sua residência e flagrou dois homens instalando uma cerca. A área em questão havia sido invadida em fevereiro do ano passado e a família vinha buscando uma decisão judicial para reintegração de posse.
A advogada acredita que pode ter acontecido uma discussão entre eles, mas que, em seguida, o idoso foi em direção à sede da propriedade. Depois de meia hora, três veículos da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes com seis agentes chegaram ao local.
Um dos homens que estava erguendo a cerca, identificado como Elmar Soares Inácio, telefonou para o cunhado, o policial civil Jeovanio Vidal Griebel, e disse que havia sido ameaçado de morte pelo idoso.
Os seguranças que trabalhavam na propriedade do idoso foram revistados e orientados a não informar da chegada dos veículos descaracterizados. Eles obedeceram, acreditando que se tratava de uma operação policial.
Em seguida, os policiais foram em direção ao galpão onde o idoso estava com o caseiro da propriedade. Os policiais chegaram gritando e já com a arma em punho. O caseiro obedeceu, mas João Pinto não ouviu o que eles tinham dito, pois tinha problema de audição.
A versão dos policiais é que o idoso teria sacado uma arma e os agentes de segurança teriam agido em legítima defesa, o que a advogada da família da vítima nega. João Pinto tinha autorização inclusive para circular nas ruas com armas, mas a perícia constatou que a arma que estava com ele no momento de sua morte sequer chegou a ser engatilhada.