No pedido da revogação da prisão, a defesa de Kaio alegou que não estavam presentes os requisitos para a decretação da prisão preventiva. Além disso, citou que o engenheiro possui predicados pessoais favoráveis e que é o único responsável por sua mãe.

Em sua decisão, o juiz federal Jeferson Schneider, da 5ª Vara Criminal de Mato Grosso, justificou que a defesa não apresentou nenhum fato novo que justificasse a revogação da prisão.

O magistrado ainda alegou que a prisão de Kaio atende a uma necessidade de resguardar a ordem pública, sob os fundamentos da gravidade concreta do crime e também da periculosidade social.

Quanto à existência de condições favoráveis e bons antecendentes a Kaio, o juiz afirmou que "as justificativas não têm condão, por si só, de desconstruir a custódia antecipada". "Ante o exposto, indefiro o pedido de revogação formulado e, como consequência, mantenho a prisão preventiva do investigado Kaio Furlan Andreasse", escreveu o juiz.

A prisão em flagrante foi convertida em preventiva no dia 9 de janeiro, um dia após ele ser preso.

Jeferson, por fim, reconheceu o direito de Kaio a uma cela especial por causa de sua formação acadêmica.

Contudo, a direção do presídio onde está o engenheiro enviou um ofício ao juiz afirmando que a unidade não possui celas apropriadas e, por conta disso, solicitou parecer sobre a transferência dele para a Unidade Penal do Batalhão do Corpo de Bombeiros de Sinop.

Relembre

A prisão em flagrante do engenheiro agrônomo aconteceu no dia 9, no momento em que eram descarregados pneus da caminhonete dele, uma Hilux, os quais estavam sendo queimados sobre a faixa de tráfego no Km 819 da rodovia, interrompendo, assim, o fluxo de veículos.

Segundo os policiais rodoviários federais, Kaio foi visto na companhia de outras cinco pessoas descarregando os pneus, que ficaram acesos por horas.

Kaio deve responder por incêndio, atentado contra a segurança de outro meio de transporte e abolição do Estado Democrático de Direito